A Prefeitura de Ibiúna, através da Secretaria Municipal do Direito da Pessoa com Deficiência, realiza série de ações que contribuem para o desenvolvimento do autista
O dia 2 de abril foi definido como ‘Dia Mundial do Autismo’ pela ONU (Organização das Nações Unidas) no ano de 2008. Desde então, o mês também é conhecido como ‘Abril Azul’, voltado para a divulgação e conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A cor azul é escolhida para representar síndrome por estimular o sentimento de calma e de maior equilíbrio.
O transtorno se refere a uma série de condições que são caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por interesses em atividades que são únicas para o indivíduo e são realizadas de forma repetitiva.
A síndrome recebe o nome de ‘espectro autista’ porque cada pessoa afetada apresenta sinais e sintomas variados, com diferentes níveis de gravidade. Porém, em todos os casos há duas características presentes que são perceptíveis, que é a falta de comunicação social e o comportamento repetitivo ou restrito.
A Prefeitura de Ibiúna, por meio da Secretaria do Direito da Pessoa com Deficiência, reconhece a problemática que envolve as pessoas com o transtorno e seus familiares, e oferece uma série de ações, tratamentos e acompanhamentos para que o autista consiga ter uma vida melhor. Entre os tratamentos oferecidos estão fonoaudiólogo, terapia ocupacional, psicólogo, acompanhante terapeuta e sessões de equoterapia.
“Em muitos casos, quando é detectado o autismo leve logo no início, a criança consegue se desenvolver e se socializar como qualquer outra. Hoje, muitas pessoas que sofrem do transtorno nem sabem”, diz a secretária do Direito da Pessoa com Deficiência, Márcia Aparecida Gerônimo, que também é acompanhante terapeuta especialista em autismo.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, na rede municipal de ensino estão matriculados 79 alunos autistas, que são acompanhados em sala de aula permanentemente por um auxiliar de professor. A secretária do Direito da Pessoa com Deficiência ressalta, no entanto, que esse número é muito a baixo da realidade. “Muitos pais não conhecem os caminhos necessários para o fechamento do diagnóstico. Nossa secretaria está aberta justamente para ajudar nesses casos. Sabemos para onde encaminhar e como auxiliar no processo do tratamento”, disse. Ela ainda afirma que quanto mais cedo fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento, maiores as chances de melhora do quadro. Por isso, a necessidade de iniciar o mais rápido possível. “O autismo não é uma doença, é uma síndrome que precisa de acompanhamento e tratamento constante. Os pais precisam entender que o fechamento do diagnóstico não é o fim, mas sim o começo de uma vida melhor para o seu filho. Sempre digo para não se prenderem ao papel porque o avanço no tratamento é sensacional”, finaliza.